São três os tanques
da Quintinha:
num moram patos e tartarugas,
noutro rãs, insectos
e a vida secreta do anoitecer.
No último reside a verdade sem rugas
de libelinhas, limos e fetos
estendendo a sua morte em linha
recta às flores
e aos campos
em cada árvore surge a sombra
de uma palavra
talvez precipitada
dispo-me de mim
e procuro o que assombra
a água
turva que lavra
os sons da caçada
sou eu e muda assisto
ao espectáculo de enganos que se desenrola
no en-cantar de passos e pirilampos
lisa a existência
frontalmente emerge das ruínas
do ser
Sara Timóteo
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