Devoro a partir das árvores
a clareira branca
que me obscurece os sentidos
poisada como um sopro
na vida nocturna dos pássaros
sinto a areia no meu hálito
antes do dia nascer
o vento arremessa-me para dentro de mim
novamente
entre fios de sensação
disperso-me como um som grave
e perante a Lua
compareço pagã primária
e obediente
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