vejo-me grávida da luz que me molda
ainda antes de iniciar a vida
e luto desmesurada
agreste forte e perdida
enquanto todos se acotovelam
anelantes por algo fora de si
só eu tremulo contra a vaga adormecida
só eu rasgo os cortinados do tempo
só eu me descubro matéria e magia
entretecida
por mãos maiores no planalto
na montanha mumificada e sem voz
de uma abrupta alegria
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