Os risos das ninfas esgotaram-se nos bosques
e a beleza grácil da floresta
salienta-se despida de magia
não há mar, apenas a terra interna
do murmurar aéreo dos ramos
entrelaçados
sem dia seguinte
a lembrança da caçada selvagem
já não ressoa nas montanhas
as árvores emudeceram celestiais
e a lua já não esconde letal
a súbita aljava da Deusa
os homens não perseguem a natureza
já não procuram o território inviolado
das coisas
na sua desilusão constroem-se lacunas imensas
no rasto vazio do tempo
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