domingo, 30 de agosto de 2009

DESAPARECIMENTO

Os risos das ninfas esgotaram-se nos bosques

e a beleza grácil da floresta

salienta-se despida de magia


não há mar, apenas a terra interna

do murmurar aéreo dos ramos

entrelaçados

sem dia seguinte


a lembrança da caçada selvagem

já não ressoa nas montanhas

as árvores emudeceram celestiais

e a lua já não esconde letal

a súbita aljava da Deusa


os homens não perseguem a natureza

já não procuram o território inviolado

das coisas

na sua desilusão constroem-se lacunas imensas

no rasto vazio do tempo

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